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A Lenda da “Ponte do Diabo”

O passo de São Gotardo ou colo de São Gotardo, só começou a ser muito utilizado no século XIII, porque envolvia atravessar o perigoso porque gelado rio Reuss (mesmo no início do verão), e o desfiladeiro Schöllenen (Schöllenenschlucht), antes de Andermatt. Havia muitos mortos por afogamento no passo entre abril e maio, segundo antigos relatos das localidades próximas. Em 1236, era já dedicado ao santo bávaro Gotardo de Hildesheim (960–1038), abade de Hersfeld.

A Ponte do Diabo foi construída em condições tão adversas que as lendas foram crescendo sobre a sua construção. O rio Reuss era tão difícil de atravessar que um pastor suíço desejou que o Diabo aí construísse uma ponte. O Diabo apareceu, e disse que construiria a ponte, mas ficaria com a alma do primeiro a atravessar a dita ponte. O camponês anuiu, mas tendo oferecido ao Diabo uma cabra como presente pela construção, esta acabou por atravessar primeiro a ponte, e não uma pessoa. Irritado por esta afronta, o Diabo arrancou uma enorme rocha para a lançar contra a ponte e destruí-la, mas viu uma velha com uma cruz, e o Diabo fugiu sem erguer a rocha. A rocha ainda se encontra no local e, em 1977, foram gastos 300 000 francos suíços para movê-la 127 metros (pesa 220 toneladas) para conseguir espaço para o novo túnel de São Gotardo.

Os túneis – O Túnel ferroviário de São Gotardo, aberto em 1882 para o tráfego ferroviário, e que custou a vida a 177 trabalhadores, substituiu o antigo caminho. Um túnel por estrada de 17 km foi inaugurado em 1980, com um número menor de vítimas de acidentes de trabalho (53). Um segundo túnel ferroviário através do passo está em construção. As autoridades suíças esperam que haja menos de 10 mortes nas obras de construção (já houve 7). Quando estiver completo, será o túnel ferroviário mais longo do mundo, com 57 km. Este túnel, combinado com dois túneis mais curtos cuja construção se prevê para perto de Zurique e de Lugano como parte da iniciativa Nova ferrovia transalpina, reduzirão em 1 hora a viagem por caminho-de-ferro de Zurique a Milão, que hoje dura 3h40m, além de aumentar o número e dimensão dos comboios que podem operar na rota.

Furka Pass – A Passagem de Furka liga Andermatt, no cantão de Uri, a Gletsch, no cantão de Valais. É parte do popular Three-Pass-Ride sobre as passagens de Furka, Grimsel e Susten. No verão, um passeio no nostálgico Furka a vapor garante uma experiência memorável no trajeto de Realp a Gletsch.

Na parte de trás do Vale do Urseren, próximo à vila de Realp, a subida da estrada da passagem de Furka se inicia. Neste ponto, durante o verão, dá para observar o movimento engenhoso do motor a vapor do trem de Furka. Depois de alguns quilômetros, chega-se ao povoado de Tiefenbach e, após andar sobre a encosta, o trem sobe entre curvas estreitas ao pico, a 2.431 metros acima do nível do mar. Aqui, você terá a vista panorâmica do Maciço de São Gotardo e do Vale do Urseren.

No lado de Valais, o Hotel Belvedere, cerca de três quilômetros abaixo do cume da passagem de Furka, oferece bons ângulos da geleira de Rhone. Um passeio à gruta glacial (uma câmara de gelo construída ano a ano) é definitivamente valioso. Infelizmente, a geleira de Rhone tem perdido um pouco de sua imensidão devido às alterações climáticas. Em 1850, um rio de gelo se uniu à bacia do vale e, hoje, a língua glacial termina na altura do Hotel Belvedere.no Alto Goms (1.759 metros), fica no sopé das passagens de Furka e Grimsel (Oberland bernês) e é consagrada, principalmente, por abrigar a pequena estação de trem a vapor Furka e o enorme Grand Hotel Glacier du Rhône, onde a atmosfera do início do século 19, durante a Era da passagem Alpina, ainda permanece viva. Uma caminhada de 30 minutos em uma trilha imersa na natureza deixa os visitantes familiarizados com o ecossistema da área pré-glacial, com uma riqueza incrível de plantas.

Desde a abertura do túnel de Furka, entre Realp e Oberwald im Goms, em 1982, há uma ligação ferroviária (com tráfego de carro) entre os cantões de Uri e Valais operando no inverno. Ainda mais atraente é atravessar a passagem de bicicleta, moto ou carro – ou com o PostBus alpino.

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